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SOB AS NUVENS DE BILA TSERKVA
Sahaja Yogis ucranianos, Naira e Serioja, relatam seu dia-a-dia na guerra e como o coletivo está trabalhando o conflito.
Virata
March 25, 2023

É de manhã. Antes de começar a trabalhar, abro o jornal e me deparo com uma lembrança aterrorizante – a guerra na Ucrânia completa um ano. Uma guerra de proporções globais e de real ameaça a vida humana na terra com a sombra do apocalipse nuclear.

Com o objetivo de levar o máximo de atenção iluminada para esse conflito, decido conversar com dois Sahaja Yogis que vivem em Bila Tserkva, cidade que fica no centro do país a aproximadamente duas horas de Kiev. Naira é brasileira e Serioja é ucraniano.

“No início da guerra foi bem estressante, porque a gente não sabia o que ia acontecer e tinha a possibilidade de ter que fugir daqui da cidade. Então foi bem complicado pra nós. Mas com o tempo, as coisas foram se definindo melhor e agora está estável.

O país está em racionamento de energia, então temos alguns períodos do dia em que ficamos sem luz e, consequentemente, sem wi-fi. Mas, no geral, as pessoas estão se adaptando usando geradores e estão encontrando uma forma de seguir adiante. Aqui na cidade também tem alguns refugiados que vieram de outras partes do país.”

Pergunto como está o coletivo Sahaja e como a guerra afeta as vibrações no país.

“Muitos yoginis e crianças conseguiram sair da Ucrânia mas os homens tiveram que ficar pois foram proibidos de sair.

Estamos indo no coletivo local hoje e ele está funcionando normalmente. Nessa hora é importante frequentar o coletivo pois isso nos nutri muito. Os yogis que vivem perto das áreas de combate, tem mais dificuldade de chegar aos seus coletivos.

Os bombardeios acontecem uma vez a cada três semanas. E o problema é que os russos agora estão atacando a estrutura crítica do país.

Quando acontecem ataques mais intensos, nós sentimos sutilmente o ambiente mais pesado. Também, percebemos que a guerra atua em níveis profundos, que não podemos avaliar ou ter clareza do que está se passando em termos sutis. Talvez, ela seja um caminho para que algumas coisas possam ser expostas e trabalhadas. 

Em relação a como o coletivo ucraniano está se mobilizando, temos meditação diária de manhã e de noite, e muita gente participa. Damos bandhans todos os dias também. Lemos os nomes de Shri Lalita Sahasranama. Cada coletivo tem sua hora definida para ler e passamos 24 horas lendo os nomes.”

E para finalizar a entrevista, eu pergunto o que os Sahaja Yogis do Brasil poderiam fazer para ajudar nessa situação.

“Rússia e Ucrânia são os maiores coletivos da Sahaja Yoga depois da Índia. Precisamos manter a atenção iluminada. Vocês podem ajudar vibracionalmente pois agora temos essa situação muito triste onde Sahaja Yogis estão indo para o exército.”

Que o céu sob as nuvens de Bila Tserkva possam derramar vibrações divinas e que a paz chegue a nossa amada Ucrânia. Jay Shri Mataji!

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